Como funciona a psicoterapia para a Compulsão Alimentar?

Para seres humanos, a comida não é apenas uma fonte de nutrição, mas também é uma fonte de prazer e bem-estar. Se você parar e analisar, você perceberá que a convivência social com familiares ou amigos acontece frequentemente associada com comida, como, por exemplo, em jantares e confraternizações.

Desde a nossa infância, começamos a estabelecer uma relação afetiva com a comida. Você já percebeu que alimentos lembram momentos específicos de nossas vidas? Outros nos despertam grande satisfação ou mesmo repulsa. 

Portanto, utilizar a comida para aliviar emoções desconfortáveis ou experimentar emoções positivas é natural, não necessariamente quer dizer um problema. Todos nós fazemos isso em alguma medida. O problema é quando a comida passa a ser o seu único conforto e a sua única fonte de bem-estar. Assim, será necessário avaliar a intensidade, a frequência e o seu nível de sofrimento relacionado com a comida antes de chegar a qualquer diagnóstico.

Além disso, ressalta-se que muitos diagnósticos podem levar a dificuldades específicas em relação à comida. Também existem dificuldades que podem não se enquadrar dentro de um diagnóstico. Por exemplo, o comer emocional é um termo que se popularizou, mas que não indica necessariamente a presença de um diagnóstico. O comer emocional é compreendido na Psicologia como uma estratégia de regulação emocional, quando você usa a comida para lidar com suas emoções.

Entre os diagnósticos possíveis, há o Transtorno da Compulsão Alimentar que se caracteriza por episódios recorrentes de compulsão alimentar. Para compreender esse diagnóstico é fundamental saber a diferença entre exagero alimentar e compulsão alimentar. O exagero alimentar acontece, por exemplo, quando você vai a um rodízio e come uma quantidade maior do que era esperado ou quando você sente muita vontade de comer um alimento específico e come uma quantidade maior do que o habitual. O exagero alimentar acontece de forma pontual, não te gera muitos prejuízos e você tem uma maior sensação de controle, pois você come o que você sente vontade de comer.

Por outro lado, na compulsão alimentar existe uma sensação de perda de controle sobre o que você está comendo, sendo percebido como algo alheio a sua vontade e não se restringe a alimentos específicos de sua preferência. A Compulsão Alimentar é complexa e pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Ingestão em um curto espaço de tempo de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria 
  • Sensação de falta de controle sobre o ato de comer
  • Comer mais rapidamente do que o normal.
  • Comer até se sentir desconfortavelmente cheio.
  • Comer grandes quantidades de alimento na ausência de fome.
  • Perda do prazer no ato de comer
  • Comer em grande quantidade mesmo alimentos que não gosta ou causaria repulsa 
  • Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo.
  • Sentir raiva de si mesmo após comer
  • Sentir-se deprimido ou muito culpado após comer
  • Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar.

Caso você se identifique com os sintomas anteriores, busque avaliação e tratamento com um profissional especializado. A psicoterapia é o tratamento psicológico recomendado para a Compulsão Alimentar. A Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC) é a abordagem padrão-ouro para tratamento, utilizando-se de técnicas cognitivas e comportamentais para auxiliar na construção de hábitos mais saudáveis relacionados com a comida, enfrentamento de emoções difíceis e desenvolvimento de habilidades de regulação emocional. 

Para mais informações sobre os atendimentos online da Psicóloga Caroline Morais, entre em contato

Caroline Bezerra Morais – Psicóloga CRP 11/12158

Contato via whatsapp – 85997896588

Fonte Imagem: Image by freepik

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